terça-feira, 20 de julho de 2010

Lago Dos Cisnes - Napyév - 2009


Lago Dos Cisnes - Novembro de 2009

A forma pode produzir a beleza; mas, a beleza que nos arranca do chão ,essa, só a forma que contém estrelas pode gerar.





(Lara J. Lazo)
(Fotos: Flávia e Mateus)

Dança = Arte

No balé clássico, a técnica é exigida com certeza. Sem ela, a qualidade, estilo e a essência não são atingidos. Porém, antes do lado esportivo do trabalho físico, a dança é muito mais do que isso. O objetivo base é o trabalho técnico, porém, só isso não é balé. Dançar significa trabalho técnico somado ao sentir e ao transmitir. Uma trilogia indispensável. Muitos dançam, mas poucos vivem o que dançam e alcançam as alturas da emoção da arte. Sem atingir essas alturas ,o nível técnico, mesmo quando de alta qualidade, não diz nada; a alma é que dá vida a tudo, inclusive à dança. Vemos muitos bons bailarinos, mas sem uma estrela interna. E, sem estrela, não há luz para se irradiar. Os que brilham são raros. O carisma falta à maioria e muitos nem sentem a a grandeza de vislumbrar aquilo que alimenta a arte, aquela essência inexplicável, produzida pela forma somada ao sentir e que faz com que o mundo deixe de existir por alguns minutos. Aliás, muitos nem dançam pela arte. A arte está deixando de viver no reino da dança? Seria este questionamento injusto? Quando ouvimos falar de arte, normalmente, não ouvimos a dança citada como um exemplo dela. Essa alma bela, que preenche e ilumina a forma, está morrendo? Sentir está deixando de ser ideal? Cabe-nos refletir.

(Fotos: Mateus e Flávia, Novembro de 2009 - Por Rafael Abdalla)
(Lara J. Lazo)