No balé clássico, a técnica é exigida com certeza. Sem ela, a qualidade, estilo e a essência não são atingidos. Porém, antes do lado esportivo do trabalho físico, a dança é muito mais do que isso. O objetivo base é o trabalho técnico, porém, só isso não é balé. Dançar significa trabalho técnico somado ao sentir e ao transmitir. Uma trilogia indispensável. Muitos dançam, mas poucos vivem o que dançam e alcançam as alturas da emoção da arte. Sem atingir essas alturas ,o nível técnico, mesmo quando de alta qualidade, não diz nada; a alma é que dá vida a tudo, inclusive à dança.Vemos muitos bons bailarinos, mas sem uma estrela interna. E, sem estrela, não há luz para se irradiar. Os que brilham são raros. O carisma falta à maioria e muitos nem sentem a a grandeza de vislumbrar aquilo que alimenta a arte, aquela essência inexplicável, produzida pela forma somada ao sentir e que faz com que o mundo deixe de existir por alguns minutos. Aliás, muitos nem dançam pela arte.A arte está deixando de viver no reino da dança? Seria este questionamento injusto? Quando ouvimos falar de arte, normalmente, não ouvimos a dança citada como um exemplo dela. Essa alma bela, que preenche e ilumina a forma, está morrendo? Sentir está deixando de ser ideal?Cabe-nos refletir.
(Fotos: Mateus e Flávia, Novembro de 2009 - Por Rafael Abdalla)(Lara J. Lazo)
Um espaço dedicado à dança, ao estudo da língua russa, ao convívio artístico e não competitivo,a qualquer manifestação artística e cultural, visando a arte como arte e não como um fator fundamentado na lei de Darwin. A academia iniciou a participação de alunos em festivais de dança, a partir do ano de 2006, mas com uma visão de aquisição de melhor desempenho e não com um foco
meramente competitivo, buscando-se, assim, a amizade entre os competidores e um saudável relacionamento social. A valorização do ser humano é primordial!