segunda-feira, 3 de setembro de 2007

ORIGEM DA DANÇA DO VENTRE E SEUS BENEFÍCIOS


A Dança do Ventre nasceu provavelmente na Índia, mas os arqueólogos encontraram o seu registro mais remoto no Antigo Egito e, portanto, afirmam-na ser originária deste povo. Assim como toda cultura muda no decorrer dos anos e milênios, a dança do ventre, por estar diretamente ligada aos cultos práticos egípcios, ou seja, a uma tradição cultural cotidiana dos sacerdotes de uma dada época, também não podia deixar de se modificar. Inicialmente, era dançada em templos, principalmente aos deuses Isis e Osiris, e os homens não podiam presenciá-las. Dançava-se para obter ou agradecer à fertilidade da terra e das mulheres. Tinha, também, como ainda o tem hoje, um caráter terapêutico, já que eram freqüentes os sofrimentos do parto ou as mortes das mães e de seus bebês no momento dede. A dança do ventre fez com que a mulher adquirisse um maior fortalecimento e controle dos movimentos do ventre, além de técnicas muito proveitosas para auxiliar o nascimento do bebê, tornando a hora do parto mais segura, rápida e menos dolorosa. A dança de Salomé é, até o momento, o primeiro registro que se tem da Dança do Ventre utilizada para fins que não o de homenagear ou agradecer aos deuses. Aí, essa dança já deixou de ser oculta, restrita aos templos, para ser dançada publicamente, com fins não divinos. Tornou-se uma forma de libertação feminina, numa sociedade extremamente machista. Inicialmente, tal dança era feita sem deslocamento cênico e apenas o ventre dançava. A partir de Salomé, a Dança do Ventre adquiriu um maior movimento do corpo no espaço; atualmente, o deslocamento espacial é constante. Os deuses Amon-Rá e Atom desapareceram, carregando consigo os outros deuses egípcios menores.
Hoje, a Dança do Ventre não tem mais ligação com qualquer culto ou religião; é uma forma de arte e visa o bem-estar feminino, os benefícios ao parto normal, a saúde física e emocional em geral, auto-estima, etc. Trata-se de mais uma arte que, hoje, representa a cultura egípcia e, principalmente, a árabe. Chamada de a Dança do Arco-Iris, por harmonizar e ativar os sete chacras, pontos maiores de entrada e saída de energia do corpo, cada qual com suas cores específicas - segundo as culturas orientais,- ela desperta, na mulher, toda a feminilidade adormecida e a auto-confiança. Qualquer mulher pode praticá-la e experimentar os seus benefícios, independente de crença e idade.

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