sábado, 1 de setembro de 2007

A ORIGEM E DESENVOLVIMENTO DO BALLET.


A dança, propriamente dita, surgiu desde os primórdios dos tempos, na forma de rituais aos à fertilidade da natureza e aos deuses.
O balleto teve início na Itália, por volta do século XV e tinha como foco o público da corte. Só em 1533, quando Catarina de Médici se casa com o rei da França, Henrique II, é que o balleto foi levado à França por ela. Ali, o balleto, dança com vários elementos cênicos, desde poesia a teatro, tranforma-se em ballet e ganha enorme valor e desenvolvimento.
Em 1661, a primeira escola de balé com método técnico, a Academie Royale De Dance, é fundada pelo rei Luís XIV, sob a direção de Jean Dalberval. Por isso, mesmo tendo nascido na Itália, a língua oficial na
nomenclatura dos movimentos de balé acabou sendo a francesa.
O balé atingiu um grande desenvolvimento cênico, composicional e formal nos finais do século XVIII e início do XIX. O mais antigo ballet desse período, até hoje apresentado e de que se tem registro, é o La Fille Mal Gardée (1889) , que mantinha o estilo romântico francês, de 1830 e 1840.
Em 1832, o italiano Filippo Taglioni cria, em homenagem a sua filha bailarina, o famoso balé romântico, até hoje apresentado, La Sylphide. Então, pela primeira vez, o balé é dançado nas pontas dos pés e com as saias tutus, marcando o início do avanço técnico de aparente flutuação e de uma nova tradição, que se mantém até hoje. Foi com esse balé e, logo em seguida, com a outra peça romântica, Giselle (1841), que a idéia que temos atualmente de uma bailarina clássica surgiu. A música de balé, na França, ganhou grande desenvolvimento.
Na Dinamarca, também havia uma tradicional escola de balé, sob a direção de August Bournonville.
O balé foi importado pela Rússia, no século XVIII. Os czares russos, muito apegados á cultura européia, principalmente a francesa, não tardaram em trazer a dança clássica para o país. Inúmeros mestres do balé europeu foram contratados pela corte russa, mas o que mais se destacou foi o francês Marius Petipa, cujo trabalho deu início às escolas de balé russas. Marius Petipa era o chefe (de 1869 à 1903) dos mestres de dança da Escola Imperial e do Teatro Maryinsky, o famoso e atual Ballet Kirov, de São Petersburgo. Nesse país, o balé se tornou muito desenvolvido e apreciado, tanto pelas cortes como pelo povo, sendo, até hoje, tão importante quanto o futebol o é no Brasil.

(Foto: Paula, Aléx e Lara)

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